terça-feira, 25 de maio de 2010

Exuberante, cidade encanta sem fazer esforço

Principal pólo turístico do país da Copa fascina visitantes e nativos com sua beleza natural, vinhos e badalação noturna


Nome: Cidade do Cabo

Província: Cabo Ocidental

Área: 2454 km2

População: 3,4 milhões

Altitude: 0 m

Site: www.capetown.gov.za/

Cidade do Cabo conquista turistas de todo o mundo com suas belezas naturais

A combinação montanha/mar dentro de uma mesma cidade – e quanto mais perto uma da outra, melhor - tem alguma coisa que é capaz de enlouquecer a todos. Não qualquer montanha, nem qualquer mar, claro, mas no caso da Cidade do Cabo estamos falando de uma montanha que parece cenário de cinema, a Table Mountain, e uma porção fabulosa do Oceano Atlântico, quase no encontro com o Índico.
É muito fácil para uma cidade assim ser encantadora. Porque mesmo quem não consegue conhecer direito a Cidade do Cabo, ou não desfruta dos atrativos que tem, tende a sair de lá maravilhado: para quem está na parte baixa da cidade, é impossível não reparar naquela montanha de mais de mil metros de altura, de topo plano, quase sempre coberta por uma nuvem simétrica, que faz as vezes de toalha da mesa. Quem sobe, por sua vez, enxerga aquele mosaico de casas espalhadas em diferentes relevos até chegar à City Bowl – a área delimitada ainda pela Signal Hill, o Devil’s Peak (Pico do Diabo) e a Lion’s Head (Cabeça de Leão).

Mas, além da beleza óbvia de sua natureza – as montanhas e praias, o surfe e a observação de baleias -, a “Cidade Mãe” ainda tem a vantagem de ser o pólo de outro motivo de orgulho da África do Sul: os vinhos. A cidade é o ponto de partida para se visitar as principais regiões produtoras do excelente vinho do país, com destaque para Stellenbosch, Paarl e Franschhoek. E, dentro da própria cidade, também não faltam lugares para se comer e beber bem, além de uma vida noturna agitada, cujo epicentro é a Long Street, um rua repleta de bares e boates.

É bom mesmo que haja opções menos veranistas, porque, no meio de tantos prós, a Cidade do Cabo tem um contra nada desprezível para quem a visitar durante a Copa, disputada no inverno sul-africano. Nos meses de junho e julho, a temperatura media costuma variar entre os 7 e os 18 graus. O vento sopra incessantemente e a precipitação média chega perto dos 90mm. Ou, em palavras mais curtas e simples: é frio e chove para burro.
Embora haja registros de vida na região da Cidade do Cabo que datem de 15 mil anos atrás, a primeira menção por escrito vem dos exploradores portugueses Bartolomeu Dias, em 1486, e Vasco da Gama, que em 1487 registrou sua passagem pelo Cabo da Boa Esperança.

Mas o contato definitivo com os europeus veio mesmo em 1652, quando Jan van Riebeeck liderou uma missão da Companhias das Índias Orientas Holandeses para estabelecer um porto seguro para seus navios que seguiam a rota das especiarias. A partir de então, o controle da cidade variou com a maré da história europeia – da ocupação napoleônica da Holanda à passagem para as mãos dos britânicos em 1795. Foi só depois que minas de diamante foram descobertas na região, em 1867, que uma onda de imigração – britânica como holandesa - tomou conta da Cidade do Cabo. Só então a disputa entre as duas correntes virou coisa séria, e resultou na Segunda Guerra dos Bôeres (1899-1902), vencida pelos britânicos . Em 1910, a Grã-Bretanha fundou a União Sul-Africana e fez da Cidade do Cabo sua capital legislativa – função que continuar tendo até hoje na República da África do Sul.
A Cidade do Cabo foi também palco marcante da era do apartheid, já que o principal destino de presos politicos era a Robben Island, uma ilha a 10km da cidade que fez as vezes de cárcere a partir de 1898 e foi o local de prisão, entre outros, de Nelson Mandela.

Dependência de telefone celular

Há exatos 20 anos a primeira companhia de celular chegava ao Brasil, comercializando telefones móveis, grandes, difíceis de carregar e que quase não se via pelas ruas do País. Hoje, o aparelho tornou-se um dos objetos de consumo mais populares por adultos a crianças.

Assim como a tecnologia se desenvolveu, trazendo facilidade para quem usa, trouxe também uma conseqüência para os usuários, a dependência. O fenômeno já foi batizado de nomofobia pelos especialistas, que significa "no mobile", ou medo de estar sem celular, na tradução literal.
A síndrome causa ansiedade, pânico, impotência, angústia que surge quando alguém se sente impossibilitado de se comunicar por estar sem o aparelho. “A pessoa não consegue se desprender da tecnologia. Deixa o aparelho ligado 24 horas por dia, inclusive na hora que vai ao banheiro ou até mesmo na hora de dormir”, explica o psicólogo Cristiano Nabuco, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde.
Para ele, a nomofobia não diz respeito somente ao aparelho celular, mas qualquer tecnologia que deixe as pessoas conectadas, como computadores e notebooks. Só no Brasil já são mais de 250 milhões de aparelhos de telefonia móvel vendidos. “Esse número é impressionante, principalmente porque é maior que a população. Isso mostra como as pessoas estão cada vez mais dependentes e passaram a usar mais de um telefone”, afirma o psicólogo acrescentando que antigamente as janela das casas eram grandes, pois era uma forma de se comunicar com o mundo. “E hoje as janelas estão cada vez menores e as TVs cada vez maiores. Essa é a nova conexão com o mundo”, completa.
Ainda, segundo Nabuco, o mais preocupante é que qualquer um está sujeito à fobia, mas o alvo mais comum são os jovens. O especialista alerta para os sintomas mais frequentes: abandonar tudo o que faz para atender o celular; nunca deixar o aparelho sem bateria; não carregar o celular na bolsa, bolso ou similares (prefere carregá-lo na mão para que possa atender imediatamente); nunca esquece o celular em casa, se isso acontecer, voltar de onde está para pegá-lo; sentir-se mal quando acaba a bateria, quando perde o aparelho ou pensa que o perdeu.
“Os jovens já nasceram nesse mundo tecnológico, já usam a própria linguagem quando estão no computador, o que traz prejuízo de aprendizado já que abreviam e não acentuam quase nenhuma palavra”, alerta. Além disso, os adolescentes, por possuírem uma renda controlada pelos pais estão se acostumando cada vez mais usarem os sms, ou torpedos, como forma comunicação, já que é mais barato. “É mais prático e econômico para eles”, observa.
“Não dá para tirar totalmente o celular da vida de alguém, o importante é usar o bom senso para não se viciar”, finaliza Nabuco.

Os melhores vinhos do Chile, da Argentina e do Brasil

Descorchados: enfim, um guia de vinhos para o mercado nacional

Guia de vinhos tem aos montes. Aqui mesmo neste blog, na seção de livros, é possível encontrar alguns dos títulos disponíveis nas livrarias. A maioria, no entanto, tem uma visão americana ou europeia. Mas o que adianta um guia recheado de indicações francesas, italianas e americanas que raramente você vai encontrar nas prateleiras e na carta de vinhos dos restaurantes e, pior ainda, dificilmente terá dinheiro para comprar?

O Guia Descorchados vem suprir esta lacuna. Comandado pelo reconhecido critico chileno Patricio Tapia, o guia é uma seleção que reúne os melhores vinhos do Chile, da Argentina e do Brasil – aqueles que você encontra nas prateleiras dos supermercados e nas boas importadoras. São exatos 1.387 rótulos recomendados e comentados e uma boa novidade: pela primeira vez é realizada uma avaliação de 86 vinhos nacionais, entre tintos, brancos e espumantes.

Didático e fácil de consultar, o guia organiza os produtores dos três países por cores: azul para a Argentina; verde para o Brasil e bordô para o Chile. Cada produtor é introduzido por um pequeno texto e os vinhos selecionados são empilhados pelo critério de pontuação, com símbolos que indicam seu tipo (branco, tinto, espumante, rosé ou doce), preço médio e até indicação de boas barganhas. A parte inicial – uma descrição dos vales e vinhedos de cada país e uma descrição das principais varietais e sua melhor combinação com comida – é pura informação, mas o leitor só vai se ater a este conteúdo após folhear as páginas de rankings . Além da já citada lista dos top 50, há outros rankings organizados por variedade de uva e de país. Afinal, concordando ou não, quem resiste a uma lista? O melhor malbec argentino? Noemía; o melhor cabernet sauvignon chileno? Manso de Velasco; o melhor espumante brasileiro? Chandon Excellence, e por aí vai…

O que a esquerda utópica do final da década de 70 tentou na ideologia Tapia e seus colaboradores conseguiram em um guia, a tal unidade da América Latina, pelo menos no mundo do vinho. Publicado no Chile há dezoito anos, desde 2008 incluiu no time de degustadores os craques Fabrício Portelli (Argentina) e Jorge Lucki (Brasil). Em um primeiro passo ampliou o leque de opções com garrafas argentinas. Este ano incorporou os produtores brasileiros e o próximo candidato lógico, e anunciado, são os vizinhos uruguaios, que serão incluídos numa próxima edição.

Entre os 50 melhores, 4 brasileiros

DV Catena Zapata

A prova coordenada por Jorge Lucki é feita às cegas – isto é, o rótulo não é mostrado para os degustadores, explica ele no início do guia. Um julgamento desses tem sempre um lado pessoal, mas as listas foram ordenadas seguindo o conhecido critério de pontuação (até 100 pontos), critério este que o próprio Tapia não considera ideal: “As pontuações, muito no fundo, escondem é essa mania ocidental de acreditar que a perfeição existe”, escreve no prefácio, para logo adiante tentar se explicar sobre o “método Parker” aplicado. “Mas é a única maneira que eu conheço de mostrar a vocês de que vinhos gosto mais, qual prefiro, de até onde vai minha subjetividade neste assunto.” Vamos então ao gosto de Tapia & Cia, extraindo do Descorchados 2010 uma amostra dos onze primeiros colocados. Por que onze? Para registrar o maravilhoso branco chileno Sol de Sol, que tanto aprecio….

1º – Catena Zapata DV Catena Nicasia Vineyard Malbec 2003 – Argentina – importadora Mistral

2º – Caliboro Erasmo Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc 2006 (Maule) – Chile – importadora Casa do Porto

3º – Maycas del Limarí Reserva Especial Syrah 2007 (Limarí) – Chile –Importadora Enoteca Fasano

4º – Ribera del Lago Cabernet-Sauvignon, Merlot 2007 (Colbún) – Chile – Importadora Casa do Porto

5º – Catena Zapata, Nicolas Catena Zapata Malbec 2006 – Argentina – Importadora Mistral.

6º – Casa Marin, Cipreses Vineyard Sauvignon Blanc 2009 (Lo Abarca)– Chile – Importadora Vinea

7º – Concha y Toro, Carmín de Peumo Carmenère 2007 (Peumo) – Chile – Importadora VCT

8º – Villard Tanagra Syrah 2007 (Casablanca) – Chile – Importadora Decanter

9º – Finca La Anita Malbec 2006 – Argentina – Importadora Bodegas de los Andes

10– Morandé, House of Morandé Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc 2006 (Maipo) – Chile– Importadora Carvalhido

11º- Aquitania, Sol de Sol Chardonnay 2007 (Traiguén) – Chile– Importadora Zahil

O jogo é equilibrado. Se entre os primeiros onze colocados o Chile fez mais bonito (8 x 3), na batalha geral dos Andes a Argentina levou 24 posições contra 22 do Chile, restando 4 honrosos lugares ao Brasil.

Pode ser que o bebedor mais requintado sinta falta de ícones chilenos como Almaviva, Chadwick ou Dom Melchor nesta lista. Eles também foram avaliados, fazem parte do guia, claro, mas não chegaram lá… não estão entre os top 50. Outro ponto que chama a atenção é que a uva syrah está mostrando seu valor em vinhedos chilenos. Isso é muito bom.

Vila Francioni Sauvignon Blanc

Grata surpresa, no entanto, é encontrar quatro produtores nacionais entre os top 50. Surpresa maior é que o rótulo brasileiro melhor colocado no ranking (37º posição) não é um espumante, muito menos um tinto, e sim a branca sauvignon blanc 2009 da Vinícola Villa Francioni, da região de São Joaquim, em Santa Catarina. Outros brasileiros classificados: 43º Casa Valduga Storia Merlot 2005; 45º Salton Talento 2005; 47º Miolo RAR 2005. Bacana, não?

O melhor das indicações deste guia, porém, é que você vai encontrar tanto os pesos-pesados nas páginas de seus respectivos produtores como muitos dos rótulos do dia a dia que você depara nos supermercados e lojas de vinho – todos devidamente descritos e pontuados. Enfim um guia pragmático e mais próximo das nossas taças

sábado, 1 de maio de 2010

Ricoh lança impressora multifuncional voltada para pequenas empresas

Rio - A Ricoh lança neste mês uma impressora multifuncional no mercado brasileiro, voltada para usuário individual e pequenas empresas. O equipamento é capaz de fazer impressões na resolução máxima de 2.400 x 600 dpi e tem controlador de impressão de 400 MHz e memória RAM de 256MB (expansível até 512MB).



Multifuncional é voltada para pequenas empresas e profissionais liberais
Foto: Divulgação

O modelo C232SF funciona em rede, tem alimentador de documentos para 35 folhas e velocidade para imprimir 21 páginas por minuto, coloridas ou preto e branco. Essa será a menor máquina colorida da empresa à venda no país.

Almôndegas para fazer farra por cima do macarrão




Rio - Por cima do espaguete, coberto de queijo, deixei minha almôndega. Mas alguém espirrou e ela caiu no chão. Saiu rolando até o jardim, parou atrás de uma moita, e no ano seguinte ali nasceu uma árvore de almôndegas, com molho de tomate. É uma fábula e tanto, descrita na cantiga infantil norte-americana ‘On Top of Spaghetti’ (Por Cima do Espaguete), que faz paródia de uma canção folk.




As minhas rolaram soltas pela frigideira, mas não deixei cair, porque infelizmente me falta onde plantar. Mas o molho de tomate estava lá, e o queijo também, numa farra por cima do macarrão. Escolhi o bucatini, que é aquela massa semelhante ao espaguete mas furada no centro, ótima para molhos consistentes.



E veio aquela sensação de liberdade que o cozinheiro experimenta ao fazer almôndegas. A carne moída pronta para receber os temperos que a gente escolher, e trabalhada com as mãos até virar bolinhas grandes, médias ou pequenas, de acordo com o momento.



Para dar a liga e deixar firmes nossas esferas de carnes moídas — utilizei uma mistura saborosa de boi (patinho) e linguiça —, podemos recorrer à gema de ovo, ao miolo de pão ‘derretido’ no leite ou à farinha de rosca, que também pode ser substituída por farelo de biscoitos tipo cream cracker, como sugerem algumas receitas.



Temperar a carne é outra parte divertida, porque não há regras definidas. Alho, ervas, especiarias, pimentas, queijo parmesão ralado e molhos variados. Embora a cebola seja um lugar comum, prefiro evitá-la no caso das almôndegas fritas, minhas preferidas, porque o vegetal libera um ‘suco’ que cozinha a carne em vez de dourá-la.



Também pulo as receitas que pedem cozimento longo das bolinhas de carne. Acabam ressecando e perdendo suculência. Uma rápida passagem pela frigideira basta, antes de finalizar com o molho escolhido, na panela ou no forno.



BUCATINI COM ALMÔNDEGAS AO MOLHO DE TOMATE



INGREDIENTES

Para 4 porções:

250g de massa de grano duro

400g de carne moída (boa sugestão é metade bovina e metade de porco)

3 dentes de alho

1 gema de ovo

2 col. sopa de farinha de rosca

2 col. sopa de queijo tipo parmesão ralado

2 col. sopa de salsa fresca picada

1 col. sopa de mostarda de Dijon (opcional)

Sal e pimenta a gosto.



Molho:

1 lata de tomate ‘pelati’

2 col. de sopa de azeite

1 cebola

1 dente de alho

Sal e pimenta a gosto



MODO DE FAZER

Misture os ingredientes com a carne e faça bolinhas com as mãos. Numa panela com o fundo coberto de azeite ou óleo, doure as almôndegas até o ponto desejado e reserve. Retire o excesso de gordura da frigideira e faça o molho dourando a cebola e o alho e jogando os tomates e seu caldo por cima, misturando e reduzindo. Desligue o fogo e volte as almôndegas para a panela. Após cozinhar a massa, aqueça o molho e misture tudo na panela. Cubra com mais queijo e enfeite com folhas de manjericão.